Desde os tempos das antigas rotas de comércio que cruzavam desertos e mares, a logística sempre foi crucial para o sucesso dos negócios. Hoje suas complexas engrenagens movimentam mais de 100 trilhões de dólares em cargas anualmente, em uma intricada rede globalizada.

Otimizar essa imensa máquina é um desafio estratégico. Afinal, em um mundo hiper conectado, ter produtos no local certo, no momento exato, pode determinar o destino de corporações multifuncionais ou de pequenos negócios locais.

Por isso, líderes visionários buscam constantemente novas formas de elevar a eficiência dos processos logísticos. Eles sabem que aprimoramentos aparentemente modestos têm efeito multiplicador. A otimização de rotas, modais, armazenagem e parceiros logísticos acontece em cadeia, potencializando reduções de custos exponenciais.

Não é raro que uma empresa consiga cortar pela metade os gastos logísticos em um ano concentrado de melhorias. Há casos mais extremos de reduções de 60, 70% ou mais em relação à linha de base. Cada caso depende do potencial específico de transformação.

Neste artigo, exploraremos sete estratégias poderosas adotadas pelas organizações mais avançadas em logística. Da consolidação de cargas ao uso de analytics, são ideias que podem servir de inspiração para impulsionar seus negócios a novos patamares de rentabilidade.

Trata-se de uma visão panorâmica, convidando o leitor a mergulhar em cada tópico. Acompanhe conosco neste roteiro pelo apaixonante universo da logística empresarial moderna.

Consolidação de Cargas: Combinando Envios para Reduzir Custos

A consolidação de cargas envolve a prática de combinar envios menores de diversos embarcadores em um único contêiner de transporte marítimo ou em um único carregamento aéreo.

Essa estratégia reduz os custos de transporte de duas maneiras:

Primeiro, o frete por unidade diminui significativamente quando você transporta volumes maiores. Enviar mercadorias em pequenos lotes por conta própria quase sempre sai mais caro do que inseri-las em embarques consolidados.

Além disso, ao agregar produtos de vários embarcadores, todas as empresas envolvidas dividem os custos fixos de deslocamento da carga. Assim, mesmo pagando uma taxa de consolidação ao operador logístico, o custo final por unidade fica diluído.

Mas a consolidação eficiente não acontece sem planejamento. É preciso mapear meticulosamente rotas, frequências de embarques, origens e destinos de cada produto. O objetivo é unir lotes complementares nas mesmas rotas globais, aproveitando os trajetos dos navios e aeronaves.

Feito isso, otimiza-se o empacotamento para maximizar a ocupação dos containers e/ou porões de carga. Também é possível negociar acordos com transportadoras para garantir espaços pré-reservados a custos atrativos nos principais corredores logísticos.

Uma consolidação bem orquestrada mantém os SKU’s (Stock Keeping Unit – ou Unidade de Manutenção de Estoque) fluindo no ritmo certo para fábricas e centros de distribuição pelo menor custo total. É uma engrenagem logística que pode trazer economias substanciais.

Otimização de Rotas: Escolhendo os caminhos logísticos mais eficientes

Definir as melhores rotas logísticas é crucial para reduzir custos de transporte, que podem representar mais da metade dos gastos com logística.

Primeiro, analisa-se minuciosamente cada trecho da cadeia de suprimentos, mapeando os pontos de origem, destinos intermediários e locais de consumo/venda.

Em paralelo, avalia-se o mix de modais disponíveis. As opções incluem transporte rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo. Cada um tem prós e contras em relação a frete, segurança, trânsito alfandegário e velocidade.

Combinando essas informações, um WMS (Sistema de Gerenciamento de Armazéns) ou TMS (Sistema de Gerenciamento de Transportes) pode simular dezenas de roteiros alternativos. Leva em conta fatores como capacidade de movimentação em cada ponto logístico, necessidade de cross-docking, compatibilidade de skus e assim por diante.

Escolhidas as rotas teoricamente mais eficientes, equipa-se os veículos e containers com rastreadores em tempo real. Eles permitem acompanhar cada embarque, fazer ajustes operacionais e garantir a segurança da carga.

É uma otimização em camadas, que começa no planejamento estratégico e chega à execução transparente de cada trajeto físico. Software especializado torna esse processo extremamente ágil, simulando cenários logísticos complexos em segundos. O resultado são economias consideráveis nos custos de transporte.

Negociação com Operadores Logísticos: Garantindo Contratos Justos e Competitivos

Terceirizar parte ou a totalidade das operações logísticas é comum para ganhar agilidade e foco no negócio. Mas isso exige habilidade na hora de negociar com fornecedores desses serviços.

O primeiro passo é mapear o portfólio de operadores logísticos (transportadoras, armazéns gerais, empresas de consolidação / desconsolidação, etc.) atuando nos mercados relevantes.

Feito isso, iniciam-se os processos formais de cotação. Eles envolvem o envio de RFQs (Request for Quotation) alinhadas à real demanda e necessidades logísticas da empresa.

Nessa fase ocorrem intensas negociações de idas e vindas. É preciso condutas ágeis, com propostas e contrapropostas buscando termos balanceados. Avalia-se nível de serviço, Acordo de Nível de Serviço (SLA) proposto, flexibilidade nos contratos, segurança e assim por diante.

Ao final do processo selecionam-se os melhores parceiros em cada região/modalidade. Mas o trabalho não acaba aí. Os contratos devem ser revisitados periodicamente, garantindo os menores custos logísticos possíveis a cada momento.

Essa gestão profissional de fornecedores logísticos é fundamental. Ela ajuda a calibrar custo, qualidade, velocidade e transparência em níveis ótimos ao longo do tempo.

Tecnologia Embarcada: Usando Dados para Elevar Eficiência

Equipar veículos, contêineres e produtos com rastreadores, sensores e etiquetas inteligentes fornece insights logísticos inestimáveis.

Sistemas de gerenciamento de frotas com GPS e telemetria melhoram a segurança, reduzem desvios de rota e permitem adaptações rápidas diante imprevistos.

Já etiquetas com RFID e sensores de IoT (Internet das Coisas) nos produtos e containers monitoram variáveis críticas como temperatura, umidade, impactos e avarias. Isso minimiza perdas com quebras e avarias.

Por sua vez, soluções de analytics compilam e analisam todos esses dados com técnicas de Big Data e Inteligência Artificial. Os padrões identificados guiam melhorias contínuas na cadeia logística.

Um caso real ilustra bem essa capacidade. Uma transportadora identificou que determinado lote de produtos importados sofria mais avarias ao transitar por certos hubs logísticos. Munida dessas informações, ela pôde criar uma rota alternativa, eliminado o problema.

Esses são apenas alguns exemplos de como a tecnologia embarcada gera informações valiosas, reduzindo custos logísticos antes ocultos pela falta de visibilidade. É uma tendência crescente à medida que o preço de sensores e conectividade despenca.

Armazenagem Inteligente: Técnicas para Reduzir Estoque e Custos de Depósito

O estoque parado em armazéns e centros de distribuição tem um preço alto. Além do custo de oportunidade do capital imobilizado, há gastos consideráveis com aluguel, mão de obra, movimentação de materiais, avarias e obsolescência.

Felizmente, várias técnicas de armazenagem inteligente podem mitigar bastante esses gastos:

Sistemas WMS automatizam e otimizam o uso do espaço físico nos armazéns, permitindo armazenar mais unidades no mesmo espaço cúbico. Eles também gerenciam inventários em tempo real, minimizando erros e rupturas.

O cross-docking por sua vez acelera o fluxo logístico, já redirecionando cargas recebidas diretamente aos caminhões de saída. Isso evita o custo de colocar e retirar pallets das posições de armazenagem.

Já na entrega direta com produção sincronizada os produtos saem direto da linha de produção para os veículos de entrega nos centros de distribuição dos clientes. Assim não há necessidade de estocar temporariamente esses produtos.

Combinando várias técnicas de armazenagem enxuta, é possível reduzir em mais de 30% os custos nessa área, liberando capital e garantindo mais agilidade logística.

Análise de Dados Logísticos: Insights que geram economia em cascata

Tradicionalmente a logística lidava com planilhas desconexas e dados fragmentados sobre estoque, transportes, armazenagem e consumo. Hoje a realidade é outra.

Ferramentas analíticas reúnem todos esses dados em poderosos “datas warehouses”, cruzando informações operacionais com planejamento estratégico. Dados de pedidos, faturamento, previsão de demanda e nível de serviço se integram com rotas executadas, custo realizado, capacidade instalada, gargalos e outros KPIs.

Essa visão 360 graus geram insights valiosos por meio de painéis visuais, alertas customizados e relatórios gerenciais. Identificam-se padrões, tendências, desvios e oportunidades. Em outro nível, aplicam-se técnicas de machine learning. Modelos estatísticos analisam volumes massivos de dados históricos para treinar algoritmos. Eles passam então a prescrever ações preventivas ou preditivas como novas rotas e consolidação de cargas.

Esses insights em cascata levam a melhorias sistêmicas na cadeia logística global. Melhor planejamento; rotas mais curtas; armazenagem mais eficiente; menos avarias e assim por diante. Um ciclo virtuoso de eficiência crescente impulsionado por analytics.

Parcerias Colaborativas: Ganhos exponenciais pela sinergia

O antigo provérbio “se você quer ir rápido, vá sozinho; se quer ir longe, vá acompanhado” se aplica bem ao universo logístico.

Cada vez mais os players estão abandonando posturas individuais para adotar estratégias colaborativas. Os benefícios dessas alianças estratégicas são exponencialmente superiores. Um exemplo disso são os operadores logísticos que abrem seus dados operacionais para compartilhamento seguro com clientes e parceiros.

Transportadoras também estão colaborando entre si. Elas trocam informações sobre rotas, consolidação de cargas e capacidade ociosa. Dessa forma minimizam retornos vazios, maximizam consolidações e equilibram melhor a logística como um todo. Do lado do varejo, varejistas compartilham dados de sell-out e previsões de demanda com seus fornecedores. Assim as marcas conseguem sincronizar melhor a produção, estoque e ressuprimento nas lojas, evitando ruptura ou excesso de produtos. 

São casos em que a colaboração sinérgica gera otimização em cascata, trazendo ganhos multiplicadores a todos os players envolvidos. É uma mentalidade ganha-ganha aplicada à complexa rede da cadeia de suprimentos. 

A tecnologia que revoluciona os transportes

Como especialistas em logística, nós da Ivezoon criamos o Zoon: a plataforma definitiva para transportadoras gerenciarem operações multimodais com eficiência máxima.

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